Barbatos possui a maioria dos atributos do Orfeu grego, que reunia animais em seu entorno quando tocava sua lira, se comunicando com eles por meio de sua poesia e de sua música.

Diz-se que sua morte se deu de forma violenta por um grupo de mulheres selvagens, que o esquartejaram e jogaram sua cabeça (ainda cantando) em um rio. As nove musas, então, reuniram os pedaços de Orfeu e enterraram no monte Olimpo.

A partir de então, os pássaros das proximidades passaram a cantar mais docemente, influenciados pela presença da energia Órfica. A conciliação de amizades, a cura de tristezas e a influência sobre os poderosos é conseguida com sua poesia e música, e a obtenção de tesouros é alcançada quando Orfeu adormece ou amansa os guardiães que tomam conta das riquezas (como no mito de Cérbero).

Na manifestação de Barbatos, o arquétipo de Orfeu se apresenta de forma mais anciã e sábia, se aproximando, portanto, de Saturno, e neste caso o conhecimento do passado e do futuro passa a ser um de seus atributos.

Na astrologia, Barbatos pode ser associado a Saturno (o Ancião, com conhecimentos sobre o tempo) e também a Quíron (conhecimentos sobre a natureza e comunicação com os animais, além da cura).

Como na Arcana Maior A Força (carta 11 conforme sua isopsefia), Barbatos usa seu poder interno para amansar feras e controlar leões, sem ter que, para isso, recorrer a força bruta ou violência. A tradição e o caráter de ancião também se refletem na Arcana O Eremita. Além disso, coerentemente, estas cartas possuem relação com Orfeu e Saturno.

Barbatos pode ajudar de forma exímia em trazer de volta animais perdidos, bastando-se ativar seu selo e oferecer ingredientes apropriados.